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Mostrando postagens de setembro, 2017

sÓ pArA bUIkA

buika pensava no que fazia-me gostar tanto de ti desde quando ouvi a tua voz numa película de cinema o meu arrebatamento não era por seres negra como eu era algo que ultrapassava as nossas peles pretas… ontem tive certeza: é a tua a intensidade sensata! esse fervor explosivo que dinamita tudo por dentro e bota pra fora fragmentos de arte poética cantada… sabia que tinhas um «quê» de poeta e aí tocaste no meu ponto «G» poesia para mim é orgasmo sentido sem penetração! confesso-te: não gozo com um pau dentro de mim… palavras… mãos… e língua é o de mais excitante que há nas profundezas do meu corpo… viajei nas tuas palavras de amor e como esse sentimento nos move nesse nosso estado da arte amo o amor em sua potência criadora e por isso sei: poeta para ser poeta precisa viver de amor com insanidade sóbria… buika tu ontem fizeste-me compreender que escrever alicerçada nas minhas emoções desfiltrad

fAlO SoZiNHa

… falo sozinha na rua… porque gosto de emitir palavras ao nada e para ninguém… enquanto deambulo pela cidade assusto-me com a uniformidade da geografia habitada e encanto-me com as diversas paisagens humanas alocadas… lanço sons inaudíveis ao vento no alto-falante do meu corpo… dou pausa nos meus passos e em silêncio gritante escuto a Lisboa barulhenta perniciosamente… as badaladas do sino demarcam o tempo das horas no pretérito-presente e eu balbucio frases desconexas com os olhos da santa que repousa no miradouro de Alfama… um transeunte qualquer me pergunta se estou escrevendo um diário… sem levantar a cabeça, respondo: - humrum!... os itinerantes anônimos observam desconfiadamente a minha escrita solitária naquela praça de seres humanos invisíveis para as pessoas privilegiadas na vida… adentro a pequenina igreja enquanto lá fora a banda do PS toca uma música que me remete ao Moulin Rouge do Lautrec… sento novamente no largo dos indivíduos heterogêneos indesejáveis homogeneamente