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vÍscErAs dO NaDa

rasgo as vísceras do nada 
à procura do âmago oco
efemeramente descubro
a fome de amor
antes mesmo da Anaís
o vazio instalado nos meus poros e pelos
saciam a dor do desafeto
vagueio em ruas imaginárias
dissipando o cansaço do mundo
entre fendas, frestas e rendas
descanso nos intervalos das ondas
do mar que deságua em mim...


Violeta Serena
Belém, 23 de junho de 2018

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