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fIssUrAIs ReaiS



fronteiras de incertezas
caminham nas estradas da pele
dores desaguam nas águas da língua no céu da boca
palavras de adiamentos se materializam no inconsciente
aprofundando o instante da dúvida
[é] 
preciso explodir os protocolos teóricos
[é] 
necessário quebrar a poesia metódica
arcando com o ônus da indiferença
gozando do bônus da transformação
fissuras de realidades dolorosas
serão bordadas no bastidor de papel
ranhuras de resistência se oporá ao desgaste
talvez, num horizonte perdido de um mar qualquer
seja possível brindar
à sobrevivência da existência... 

Violeta Serena, 
Belém, 13/11/2018
Para Glória Anzaldúa

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