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dOrEs Do cOrPo… dO oSSo ... & ... dO SoPRo…


as dores sempre estão presentes nas minhas escritas… outro dia me perguntei: - por que falo tanto de dor? e respondi a mim mesma: - porque as sinto, é óbvio, né mulher?!… descobri que a minha relação desamorosa com a dor é antiga… é desde antes e desde sempre… é desde que o sopro da minha vida se abrigou no útero da minha mãe… as dores se espalham pelos meus ossos… nervos… e carnes… instalam-se no recôndito do meu ventre… mapeia toda a geografia do meu corpo… e rasga toda a minha estabilidade física de mulher sapiens… são dores ancestrais habitantes da minha memória mais profunda… heranças dolorosas invisíveis a olho nu… porém… totalmente visíveis na minha retina… sigo carregada de dores nas bagagens diárias da minha existência… contudo, caminho sorrindo… não para disfarçar… e sim… para driblar a dor que estar…

Violeta Serena/luZgomeS
Belém, 2019
fOtO: Jorge Valadas

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