queria escrever diários de quarentena
mas só sei brotar poemas
estou germinada de prosa e poesia
amantes companheiras na solitude da cama
diariamente recosto no travesseiro
[e]
leio... leio... leio...
vestida de camisolas florais
esqueço o dia e a noite
sigo as estações das palavras
encontro refúgio
nas letras de outras gentes acolhedoras
dos meus medos...anseios... desejos...
o que tenho para dizer
da minha reclusão forçada-necessária
são desimportâncias fúteis
a minha casa de vaidade em Leão
abriu a porta para a transformação de Aquário
sozinha... discreta... quieta...
tento desapegar das minhas vaidades mundanas
em equilíbrio de calmaria
para que meus pulmões respirem
e contra ataque o vírus invisível
procurei uma medicação poética da escuta de mim
nas leituras de tantos outros SI
talvez, quando a acabar a quarentena
escreva um diário amarelo
só de poemas...
mas só sei brotar poemas
estou germinada de prosa e poesia
amantes companheiras na solitude da cama
diariamente recosto no travesseiro
[e]
leio... leio... leio...
vestida de camisolas florais
esqueço o dia e a noite
sigo as estações das palavras
encontro refúgio
nas letras de outras gentes acolhedoras
dos meus medos...anseios... desejos...
o que tenho para dizer
da minha reclusão forçada-necessária
são desimportâncias fúteis
a minha casa de vaidade em Leão
abriu a porta para a transformação de Aquário
sozinha... discreta... quieta...
tento desapegar das minhas vaidades mundanas
em equilíbrio de calmaria
para que meus pulmões respirem
e contra ataque o vírus invisível
procurei uma medicação poética da escuta de mim
nas leituras de tantos outros SI
talvez, quando a acabar a quarentena
escreva um diário amarelo
só de poemas...
Violeta Serena/luZgomeS
Belém, 07/05/2020
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