estou
presa... emparedada... enclausurada:
na moldura fixada em vidas passadas...
na
espera do amor incondicional inexistente...
na
busca por tapar lacunas profundas...
no
desespero de olhar para os meus vazios...
na
constante tentativa de descolonizar os meus afetos...
na
dor do racismo tatuado em meu corpo...
na
tristeza da espera pelo ataque...
no
cansaço infinito de dizer: eu sou uma mulher!...
na
expectativa da solidão no porvir...
na
rigidez íntima em não admitir o errar e o falhar...
no
medo secreto da loucura...
no
sufocamento dos meus ódios mais verdadeiros...
estou
presa... emparedada... enclausurada...
Violeta Serena/luZgomeS
Belém, 15/08/2020
Comentários
Postar um comentário