naquela praça
qualquer
o som destoava
da poética negra da noite
o vapor do tempo
umedecia os labirintos da minha pele
o banco
solitário do jardim me convidou para sentar
mirei ao perto
a fugacidade da minha existência materializada
acalmando o
meu desassossego de espera
o desejo de
beleza pelo amor impossível
se embrenhava
pelas minhas estranhas
causando um
redemoinho dentro
queria
adentrar as notas da música de sedução
inebriada
pelas minhas emoções silenciosas
escrevi
versos no silêncio de mim
levantei e fui
para a encruzilhada do presente
numa esquina
toda soberba de passado
diante da flecha
de formosura e da espada de graciosidade
segui a
ternura das minhas águas profundas...
luZgomeS
Belém, 26 de dezembro de 2023.
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