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Mostrando postagens de setembro, 2016

a PRaÇa

Não sei definir o que é o amor... Só sei que ele existe e que só nos humanos com todas as nossas contradições podemos sentí-lo e concretizá-lo. Também não sei estabelecer quando o amor começa e quando ele se finda numa relação a dois...  De repente, numa praça qualquer de uma cidade atemporal duas pessoas encontram-se numa noite de verão e se atraem... se desejam e vivem uma história de veraneio sem pensar no rompimento brusco que a implacável distância imporá... A praça continua sendo espaços de encontros e desencontros... A praça fica ali com as suas memórias materializadas... A praça abriga diálogos secretos... A praça acolhe amores efêmeros e duradouros... Caminho naquela praça e vejo-te... Sento naqueles bancos e a sua ausência corrói o meu âmago... Olho as pessoas na praça e entre elas não está o seu rosto... Crio uma relação de amódio com a aquela praça que me ofertou você... E hoje, ao passar cotidianamente naquela praça meu coração bate parado ao constatar a sua pre

prAzEr CoNCReTo

Martim Moniz... Largo do Intendente... Alfama... Cais do Sodré... Santa Apolônia... Largo da Severa... Bairro Alto... Cova da Moura... Anjos... Mouraria!... Todos esses lugares ficaram embriagados de ti... Ando nas ruínhas dessa cidade e percebo-te junto a mim... Fecho os olhos e sinto sua mão enlaçando a minha cintura para colocar-me protegida dos carros, elétricos e transeuntes apressados nas calçadas estreitas...  Miro a tua toalha... a tua escova de dentes... o teu chiclete e afago tudo afetuosamente... Sorrio para as coisas e elas sorriem para mim e assim, visualizo o teu sorriso serenamente encabulado... Cheiro os lençóis impregnados do teu suor para acalentar o meu desejo de possuir-te em meus braços e depois descansar com cara de menina-alegre em teu peito... Anseio os teus beijos de língua no aconchego da minha cama e escuto no íntimo de mim, tu dizendo-me que gostas da minha boca... que os meus lábios são o sorvete que não comemos de sobremesa... E no âmago do m

prA qUE FalAr dE AmOr?

Pra que falar de amor em tempos de efemeridade amorosa? ... Porque eu preciso de amor concreto! ... Onde andará o meu amor? Onde andará o teu amor? Onde andará o nosso amor? ... O teu amor é teu... o meu amor é meu... o teu e o meu formam o nosso amor... amor de partilha... amor de compreensão... amor de   escuta... amor de fala... amor de aconchego... amor de ação... amor de sossego... amor de singeleza... amor de um cais da saudade... amor da quietude das águas... Violeta Serena 25 de agosto de 2016