para quem escrevo? por que escrevo? egocentricamente afirmo que escrevo para mim mesma… escrevo sempre mais e cada vez mais desde que li «A transformação do silêncio em linguagem e ação » da Audre Lorde… entendi que posso exterminar os silêncios criadores dos nódulos de mágoas através das minhas escritas… entendi a liberdade visceral das palavras… não tenho medo de me desnudar em letras de poesia… sinto a plenitude da minha existência escrevendo, porque na escrita sou eu mesm a… posso ser a mulher que eu sou traduzida em palavras de poeta: “é pura tempestade abrandada… é carinho em excesso e dureza acertada…” não escrevo para transformar o mundo e sim para transformar a mim mesma e viver um pouco melhor nesse mundo bruto… nesse mundo bagunçado e tão sem jeito… escrevo para aplacar a fúria da dor da humilhação e desumanidade… porque as mazelas da escravidão negra ainda reverberam em corpos negros como o meu, matando nossas crianças a caminho da escola... escrevo para de
... aqui é o lugar no qual posso ser poeta-escritora|escritora-poeta sem ter de passar pelo crivo do mercado editorial com todos os seus critérios e princípios de exclusão! ...