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Livro - Etnografias Uterinas de Mim II

O lançamento do livro «Etnografias Uterinas de Mim» foi realizado no dia 14 de setembro de 2017, no espaço de arte Ateliê Aberto em Lisboa -  PT



"Em Lisboa Luzia não morreu, como às vezes queria. Renasceu poeta como uma flor que desabrocha em amor, uma flor que despetala suas pétalas-poemas ante os nossos olhos de puta e de Santa Luzia, olhos que nos aquecem, que nos curam de ver, rever e transver tanta coisa fria. Em Lisboa Luzia renasceu poeta, quente como borboleta que borboleteia textos quase obscenos, plenos de gostos gozosos, de afagos, de abraços, de beijos, de desejos, de línguas, de seivas, de putarias." (Girlene Chagas Bulhões).


"Tua escrita em nós é oferta de mãos dadas... Em versos de um ballet linguístico desta Lisboa-africanizada... Palavras de um desmedido de tempo, para quem (não) sabe amar em nada... mas deseja, enseja... grita forte um mar de histórias... num vazio (in)concreto de dores abrandadas. Te ler é ir, de pouco em pouco, de gota em gota... numa vertigem condizente, achando caminho pelo vento... rastro na gente, no mundo... mesmo que este esteja confuso e sem causa. Tu és, em nós... entidade e poesia, como alguém a mim dizia. Violeta Serena é pura tempestade abrandada... é carinho em excesso e dureza acertada." (Maíra Zenun).







"Seu texto está lindo, encantado. Sua linguagem aMEluZAtlÂNtiCA ecoa de longe, grita o que não pode ser sussurrado, quebra os padrões do censurado, vai fundo em minha alma. A cada verso, sinto o texto fluindo e me transportando a um estado de euforia e entusiasmo. luZgomeS, te ler me fez perder o medo de escrever pra mim, de mim e do que vejo! Acompanhei seu começo, o trajeto e agora vejo esse lindo projeto se concretizar. Aguardo ansiosa pelo seu próximo livro de poesias. Muito grata! Saruê!" (Luciene Rêgo).

Fotos: Augusto Fernandes

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