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Mostrando postagens de janeiro, 2016

mEnInAs Em CoReS

Colorindo as paredes... colorindo o beco... colorindo o mundo... colorindo a vida... colorindo a nós... colorindo o nosso amor de meninas grandes e pequenas...   Lisboa, dezembro de 2015 Texto de Violeta Serena Imagem capturada por Augusto Fernandes

tArdE TeJiaNa

Águas tejas... amores de rio-mar... borboletagens atlânticas... Imagens capturadas por Violeta Serena Lisboa, 27 de janeiro de 2016.

dEspErtAr SeReNo

Sinto-te tão longe!… sua imagem é quase a silhueta de uma sombra no excesso da luz…   a música torna sua ausência   em lembranças presentes…   danço na noite com o vulto do seu corpo junto ao meu…   caminho por Alfama e sento naquele banco que nós dois sentamos numa noite de verão e fumamos um cigarro de Cabo Verde... tendo o vento como testemunha no meio da conversa você falou:  - tás tão bonita! E eu sorri   me sentindo a mais bela de todas as belas… a sua monstrinha formosa…   Eras tu falando essa frase para mim e não qualquer outro homem com o qual cruzei naquela noite… Olho para o Tejo e ouço você me dizendo: - é aqui que o rio se finda!   Desço a rua do Castelo e vejo a loja do colar vermelho que você me ofertou… acaricio o colar como se tivesse tocando o seu rosto cândido que me encantou desde quando a minha retina fitaram a sua… passo no corpo de outro o óleo de calêndula que me deste de presente... é outra pele… outro cheiro… outro toque… outro gosto… outra textura dos caracó

pOdEr aTRaVeSSaDo...

  de cabeça para baixo atravessando as grades aprisionadoras do meu útero...   Violeta Serena Lisboa, dezembro de 2015 Imagem capturada por Violeta Serena 

dO eNCaNTaMeNTo Da PaReDe...

  Do encantamento da parede  colorida com suas marcas de diferentes tempos   Porto, março de 2015 Imagem capturada por Violeta Serena     

pÉs dE ouTRa MaRGeM

  um dia me disseste  que meus pés eram fluviais   junto a ti na outra margem  do rio  os registrei em água corrente para você...     Violeta Serena Cacilhas, maio de 2015. Imagens capturadas por Violeta Serena.  

cIdAdE VaZia?

Ela perambulava consigo mesma pelas ruas da cidade… entrava e saía em becos… subia e descia ladeiras… beijava com os olhos as águas azuis do rio-mar… ouvia os sons ausentes que ressoavam no vento… sentia sob seus pés aquelas pedras que alguém colocou ali recentemente ou antes mesmo dela existir… tocava as paredes antigas com suas marcas incrustadas do presente… brilhava efusivamente com a luz de cada lampião do passado… ela habitava a cidade e a cidade a habitava… formavam um só corpo enlaçado no tecido colorido do tempo… conversava com a cidade… sorria para cidade… chorava na cidade… amava insanamente a cidade, na cidade e as pessoas da cidade… Por isso te digo meu camarada, para ela, deambulantemente, a cidade nunca está vazia... a presentificação humana independe  do corpo físico materializado no espaço… Violeta Serena Lisboa, 16 de janeiro de 2016

pOrtO qUE Me aPoRTa...

 Rio da Cidade do Porto que me aporta...   Porto, março de 2015 Imagem capturada por Violeta Serena 

cOrpO iNSTRuMeNTaL

A menina-borboleta e o moço sonoro encontraram-se numa noite fria de caloroso desejo…. Entre sangrías e cervejas começaram um diálogo no qual se propuseram realizar a performance da libido. Primeiramente pensaram numa encenação na qual ela ficaria nua em quatro apoio e ele em pé, defronte a ela tocando Debussy no contrabaixo... comunicariam-se apenas com o olhar… Na segunda representação imaginada por ambos, ela deitaria nua na cama dele, o contrabaixo seria colocado sobre o seu corpo - ele executaria Clair de Lune do Debussy e assim,  o instrumento tomaria uma forma femininamente humana… Enquanto idealizavam quais das performances seria praticada acariciavam-se lascivamente ao som voluptuoso do samba… Caminharam pela noite fresca da cidade… sorriram…  abraçaram-se... falaram safadezas um no ouvido do outro... transformaram-se em personagens cinematográficos com toda a libertinagem de dois seres desejosos de carinho do bem querer… Chegando à casa da menina-borboleta as carícias int

aMoReS sObrEpOstOs

  Dos amores sobrepostos na cidade...     Lisboa, 12 de janeiro de 2016 Imagem capturada por Orlando Maneschy Centro Comercial da Mouraria 

chÃO vItrInE

  Mala de idas e vindas exposta no chão-vitrine da cidade     Lisboa, outubro de 2015 Imagem capturada por Violeta Serena Centro Comercial da Mouraria 

cOndIcIOnAntE dO tEmpO

  Condicionante do tempo de amor na cidade       Lisboa, 07 de janeiro de 2016 Imagem capturada por Augusto Fernandes Lançamento do filme "a CiDaDe e o aMoR em 16/11/2015. 

20 MiNuToS dE sEstA

    A sesta tinha apenas 20 minutos… 20 minutos apenas…   A sesta do adeus… do até logo… do até breve… do até já…   A sesta do descanso… do engano… do espanto… do desencanto…   A sesta do encontro desencontrado na noite fria de música quente…   A sesta dançante no esbarrão da pista…   A sesta dos olhares trocados nas ruínhas de cinema…   A sesta do livro achado em dia de partida…   A sesta dele na cama dela envolto no lençol vermelho…   A sesta dela mirando-o em sua cama de aconchego…   A sesta do sono dormido acordado…   A sesta do início e do fim na agitação atlântica…     Violeta Serena Lisboa, 05 de janeiro de 2016 Para o moço perdido no tempo da cidade

qUeRo-Te

    K-Te quero, querendo-te...   Ponte de Lima, agosto de 2015 Imagem capturada por Violeta Serena