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cOntO dO TeMPo

hoje acordei louvando o tempo essa divindade que raramente desce em terra queria ser filha do tempo porque ele se move sem fronteiras seguindo os ventos… como a minha cabeça não lhe pertence habito as lembranças que o tempo me oferta uma amiga de outrora, lá das margens do paraguaçu num dia qualquer recordou-me as cartas de amor que escrevia em seu lugar e sem pudor disse-me: “-invejava a tua inteligência e o seu gosto pela poesia, não entendia porque você lia tanto” e eu lhe confessei que me contorcia de raiva por ela beijar as bocas que eu não beijava e quando escrevia as cartas de amor que ela solicitava fantasiava que uma dia seria beijada e abraçada com amor e os livros continuam sendo o meu companheiro fiel o tempo me deu essa oferenda para eu lembrar que não fiquei parada no mesmo lugar e segui mesmo sem saber aonde iria chegar!... Violeta Serena Lisboa, 07 de novembro de 2017.

aTaLHoS dE sI

    Lisboa, 23 de setembro de 2015 Imagem capturada por Violeta Serena