O menino poeta se foi para a península das botas ...
juntar-se ao mar que lhe acolhe, reencontrar seu antigo amor e lembrar da sua
presente amada... A bela que não soube amá-lo e ainda assim, lhe deu carinho,
carícias, beijos, abraços, colo, cafuné, companhia... Pensa ela: -Ele se foi e
não fizemos amor... nunca o aceitei dentro de mim. Agora, imagino fisicamente o
amor que não tivemos, que ele tanto desejou e eu rejeitei. Arrependida?...
Não!... Sei que fomos intímos e mutuamente nos proporcionamos trocas de afetos
sinceros. Construímos a intimidade de dormir juntos... um sono de dois e a
dois... Ele me embalava em seus braços e eu me aconchegava sentindo-me
confortavelmente acolhida. Suas mãos percorriam todo o meu corpo e pousavam nos
meus seios, os quais ele acariciava e beijava carinhosamente... Gostava de ter
o seu corpo junto ao meu, de sentir o seu desejo, desejando-me... Contemplava
sensorialmente o encontro de nossos sexos sem sexo... Ai! queria apenas
beijar-lhe a testa e lhe dizer: te quero bem, meu bem! admiro-te por me ofertar
amor, por me encantar com o seu encanto por mim, por iluminar-me com o brilho
dos seus olhos fitados nos meus!...
(Violeta
Serena)
Lisboa, 28/10/2015.
Para o menino peninsular que um dia me amou...
Lisboa, 28/10/2015.
Para o menino peninsular que um dia me amou...
Comentários
Postar um comentário