Pular para o conteúdo principal

flOr dE NoME nO JaRDiM dA LuZ


tenho o nome da santa que nunca fui e nem pretendo ser… passei boa parte da minha adolescência odiando meu nome…  porque minha amada avó fazia-me todos os anos no dia 13 de dezembro assistir a missa em homenagem a Santa Luzia e lavar os olhos com o milagre na igreja de Santa Bárbara… nunca entendi essa relação entre essas duas santas, fogo e água na cabeça da minha avozinha fazia sentido… fiz as pazes com o nome que me intitula quando o dicionário me disse que ele é um verbo conjugado no pretérito imperfeito… 


... esplender, rutilar, resplandecer, luciluzir, lucilar, cintilar, brilhar, prefulgurar, prefulgir, tremeluzir...

tudo isso é sinônimo de luzir e eu me enquadro… talvez, porque sempre invejei o sol com toda sua luz que ilumina o mundo com a liberdade de transitar em diferentes céus azuis mundanos…

aceito e incorporo os codinomes que me são ofertados pelas amigas e amigos: lu… lulu… luluza… lulucha… luca… luzia maria… luz…

nessas andanças entre arte|ciência & ciência|arte me esbarro nos rótulos desembelezadores do meu nome… ser professora mestra ou mais na frente professora doutora, não é a tradução de mim mesma… tornar-me doutora foi um compromisso assumido com a minha avó e com mais ninguém… porque eu gosto mesmo é de ser uma menina-flor-poeta que vagueia entre jardins coloridos de amores encantados…


Violeta Serena
Lisboa, 31 de janeiro de 2018
Foto: Jorge Valadas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

bUcEtA-FLoR

pousa a mão na minha buceta  acariciando os pequenos e grandes lábios em forma de  flor desabrochando  entre os seus dedos à espera dos seus lábios...  beija todas as terminações nervosas da  minha buceta e faz poesia terna com a sua língua nas paredes úmidas que abrigam o meu ponto [G] de amor...  cheira toda à extensão da minha buceta, como se fosse pétalas de mistério, respira os segredos de mim guardados no meio das minhas pernas para ti...  Violeta Serena Florianopólis, 29/12/2018 Foto: Maíra Zenun

sOm dE CuRa nA CoNeXão dO aMoR

      o som de cura sorveu as paredes do mercado ficou dedilhado no meu corpo beijou os poros mais invisíveis da minha pele nua...   o sol nascente reluziu nos meus olhos raiou na noite do céu da minha boca criou ondas de encantamento no meu estado de poesia...   o encontro da madrugada transbordou conexão de amor em toda a extensão do meu eu musealizei no museu de mim o abraço na esquina sob o amanhecer...   luZgomeS Belém, 06/06/2023 Para Jonathan Ferr        

crAtErAs

  mergulhar nas crateras emocionais dos desejos insatisfeitos abre fendas... cria fissuras... revira escombros... uma melodia para a ópera do cuidado compõe-se com notas descompassadas restaurando a falta do que nunca existiu cicatrizando os rasgos do que não foi alertando para a dádiva do presente na beleza frágil- delicada totalmente palpável   nas pétalas das orquídeas... luZgomeS 29/04/2022