as gotinhas de chuva
banham o terraço de madeira velha
anunciando que é tempo de lavar
as feridas da alma…
o cálice de vinho tinto
energiza
o coração de veraneio
em estado petrificado
bombardeando os laços de frieza…
a saliva seca
umedece os nódulos de rancor
instalados na garganta do tempo…
as lágrimas envidraçadas
desfilam pelo canto do olho
e
seguem perene para a
nascente do mar sem fim
afim de encontrar
as correntezas de alívio…
Violeta Serena
Belém, 03 de julho de 2018
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