é preciso sacudir a vida
limpar a poeira do passado
tirar os fungos do presente
reduzir a crosta de mágoas
eliminar as bactérias do apego
documentar o desencanto em papel
descartável
lavar com água corrente os
resíduos do desamor
passar verniz de leveza no
craquelê da angústia
conservar os abraços de
achonchego
preservar preventivamente as redes
de afetos
expor nas vitrines do tempo as
marcas do corpo
musealizando a existência do
viver…
Violeta Serena
Belém, 20 de julho de 2018
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