meus poros estão entupidos de líquidos
secreções do meu dentro
paralisam o meu fora
minha cara revela a opacidade vazia do desânimo
sinto tudo sem vontade para fazer nada
as mucosas fragilizadas
deixam-me exposta à toda sujeira externa
os olhos pesam sem descanso
a cabeça rege uma orquestra sinfônica
e as mãos poetizam o adoecimento
da minha matéria humana em decomposição…
Violeta Serena
Belém, 31 de julho de 2018
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