pra que falar de amor em tempos de vulnerabilidades amorosas? por que escrever sobre o amor em tempos de cólera? simplesmente, porque não acredito em amores líquidos… amor para mim é ato-ação… prática tangível nessa desastrada vida de seres humanos inacabados… ficção-real no sopro da presentificação física e psíquica… despacho o desamor na encruzilhada do esquecimento… existo na plenitude dos mares de amores palpáveis! … o amor é o mais concreto objeto efêmero musealizado no museu do meu eu… … através do meu corpo negramente feministo sei o que é o «desamor» mas tenho uma crença incondicional no amor pelas pessoas e entre as pessoas… creio no amor à vida e ao mundo… amo insandecidamente a poesia… essas palavras que tomam todo meu corpo e me faz existir… amor e poesia para mim são sinônimos em modos imperativos de tempo presente! … quero lhes falar que talvez, a poesia seja o meu ato de fé e o amor a religião que pratico… em tempos desamorosos e temerosos, faço votos que o amor floresça poeticamente entre nós, cada vez mais… sempre mais… e muito mais… escrevo sobre o amor porque ainda é o sentimento que me move no mundo em estado de poesia…
Violeta Serena
Escrevi esse texto em 21/08/2017 na cidade de Lisboa - PT e o readaptei em 29/09/2017 em Belém do Pará- BR
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