é preciso chorar
a dor:
do desamor
do racismo
do machismo
do rancor...
às vezes, tenho medo
que as sistemáticas
práticas racistas-machistas
sequem as minhas lágrimas de rapariga...
todo dia tô na trincheira
sem bobeira
encarando o fronte da desnaturalização
da opressão
que nos estraçallha sem perdão...
muitas vezes digo a mim mesma:
- não vou chorar!
mas depois falo em voz alta:
- vá se danar!
eu vou lacrimejar
eu vou gritar
eu vou xingar
eu vou brigar...
porque dói... corrói... destrói...
morro por dentro e sem consolo
a cada homem negro morto
a cada mulher negra abusada, ultrajada e humilhada
a cada criança negra assassinada...
desisti da felicidade plena
ela é uma imagem de cinema
fora da tela
a vida nem sempre é bela
queria transformar isso tudo
viver em outro mundo
sem meu corpo negro ser estatística para tudo
mas sem o poder de mudar esse absurdo
por hora, eu LUTO!
a dor:
do desamor
do racismo
do machismo
do rancor...
às vezes, tenho medo
que as sistemáticas
práticas racistas-machistas
sequem as minhas lágrimas de rapariga...
todo dia tô na trincheira
sem bobeira
encarando o fronte da desnaturalização
da opressão
que nos estraçallha sem perdão...
muitas vezes digo a mim mesma:
- não vou chorar!
mas depois falo em voz alta:
- vá se danar!
eu vou lacrimejar
eu vou gritar
eu vou xingar
eu vou brigar...
porque dói... corrói... destrói...
morro por dentro e sem consolo
a cada homem negro morto
a cada mulher negra abusada, ultrajada e humilhada
a cada criança negra assassinada...
desisti da felicidade plena
ela é uma imagem de cinema
fora da tela
a vida nem sempre é bela
queria transformar isso tudo
viver em outro mundo
sem meu corpo negro ser estatística para tudo
mas sem o poder de mudar esse absurdo
por hora, eu LUTO!
Violeta Serena
Belém, 29/09/2018
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