- sabe… chega aqui… preciso te contar um troço!: …
inebriada pela poética humana passo horas vendo imagens de outras partes do mundo… são momentos de encontro com meus outros eus perdidos na matéria do tempo… sinto uma enorme curiosidade por tudo que me é humano, especialmente por aquelas pessoas aparentemente tão diferentes de mim… ao mesmo tempo, vendo essas tantas outras gentes, retorno a mim… olho para o meu umbigo, circulo ao redor dele e corto o cordão umbilical com as raízes das árvores estáticas do meu lugar… nessas minhas digressões fílmicas nas quais sinto-me livre na plenitude desse meu eu só meu… irrevelado a olho nu… deparo-me com as narrativas dos amores ásiorentais… amor sem final feliz… amor sem beijos na boca… amor sem sexo avassalador… amor sem corpos nus, mas totalmente despido da moral egóica… amor sem recompensa em tempos de guerra sem cólera… amor de companhia na tessitura da morte certa… amor de vida tecido nas paisagens verdes de águas cristalinas nevadas… amor duro no sentido ríspido da bruteza do amor… todas às vezes que vejo esses filmes de amor, amo sempre mais… e cada vez mais o amor nas películas de amor… amo o amor em tudo que é toque humanizado de amor… amo o amor na gotícula do orvalho na pétala do antulho divinizado na natureza de sublime amor…
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