no mergulho profundo
nas águas do meu ser
encontrei medo... insegurança... desespero...
rejeição... transtorno... ódio... feiura... desprezo... anseios...
afoguei-me nas ondas turbulentas das emoções
dilaceradas
criei cachoeiras de tormentas em queda aprisionada
lancei-me nas correntezas da morte em vida
permaneci nadando em rios traiçoeiros
almejando a estabilidade inacessível das águas
todos os dias sonho com a brisa suave
num porto de felicidade
às vezes penso na inexistência desse cais
volto a mergulhar no mar turvo do meu ventre
e aos poucos vou encontrando faíscas reluzentes
de amor no presente...
Violeta Serena/luZgomeS
Belém, 14/06/2020
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