a moldura do
jardim, desenquadrou a paisagem do seu corpo... meus olhos de contempladora
percorreu os seus passos delineando o seu contorno... no interior do cubo
branco um negro encontro aconteceu sem a certeza da durabilidade do momento... à
aproximação se deu assim: entre quadros, instalações, performances e sons das
palavras de acolhida... de repente, um sorriso... um convite... uma vontade de
estar lado a lado escutando as pinturas de outrora... se perdendo e se
encontrando no cinza alegre do firmamento... um aconchego ao sabor do dendê foi
acompanhado dos ritmos que vêm das Áfricas... queria um dengo... um chamego... um
colo... mas nossos tempos descombinaram... caminhando pela cidade no compasso
do interior de si a encruzilhada na via de mão dupla estabeleceu a travessia
para outros encontros de calmaria...
luZgomeS
Belém,
27/06/2023
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