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eNCoNTRo dE mUsEUs

 


 

a moldura do jardim, desenquadrou a paisagem do seu corpo... meus olhos de contempladora percorreu os seus passos delineando o seu contorno... no interior do cubo branco um negro encontro aconteceu sem a certeza da durabilidade do momento... à aproximação se deu assim: entre quadros, instalações, performances e sons das palavras de acolhida... de repente, um sorriso... um convite... uma vontade de estar lado a lado escutando as pinturas de outrora... se perdendo e se encontrando no cinza alegre do firmamento... um aconchego ao sabor do dendê foi acompanhado dos ritmos que vêm das Áfricas... queria um dengo... um chamego... um colo... mas nossos tempos descombinaram... caminhando pela cidade no compasso do interior de si a encruzilhada na via de mão dupla estabeleceu a travessia para outros encontros de calmaria...

 

luZgomeS

Belém, 27/06/2023

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bUcEtA-FLoR

pousa a mão na minha buceta  acariciando os pequenos e grandes lábios em forma de  flor desabrochando  entre os seus dedos à espera dos seus lábios...  beija todas as terminações nervosas da  minha buceta e faz poesia terna com a sua língua nas paredes úmidas que abrigam o meu ponto [G] de amor...  cheira toda à extensão da minha buceta, como se fosse pétalas de mistério, respira os segredos de mim guardados no meio das minhas pernas para ti...  Violeta Serena Florianopólis, 29/12/2018 Foto: Maíra Zenun

sOm dE CuRa nA CoNeXão dO aMoR

      o som de cura sorveu as paredes do mercado ficou dedilhado no meu corpo beijou os poros mais invisíveis da minha pele nua...   o sol nascente reluziu nos meus olhos raiou na noite do céu da minha boca criou ondas de encantamento no meu estado de poesia...   o encontro da madrugada transbordou conexão de amor em toda a extensão do meu eu musealizei no museu de mim o abraço na esquina sob o amanhecer...   luZgomeS Belém, 06/06/2023 Para Jonathan Ferr        

cInzA eM SaLVaDoR

l endo o som do vento  vou caminhando pelas trilhas d’águas das ruas quase desertas sentindo cada pedacinho do meu corpo negro espraiando-se na paisagem uma imagem secular  de homens negros pescando sobre uma pedra encanta o meu olhar o sol se esconde calorosamente  por trás das nuvens o Seu Mateus Aleluia cantou: “na linha do horizonte tem um fundo cinza” é um dia nublado em Salvador  [e] sigo caminhando pela cidade  encontrando a poesia nos detalhes… luZgomeS Salvador, 19/02/2024